OLHOS QUE VÊEM, CORAÇÃO SENTIDO
COMO EM QUALQUER FILME QUE SE FAÇA REPRESENTAR POR CURTOS FRAGMENTOS NARRATIVOS, O ESPECTADOR VÊ-SE GUIADO POR UMA SÉRIE DE RACCORDS; TANTO DO PRÓPRIO FILME, COMO PELOS QUE EXPERIMENTA À MEDIDA QUE VAI CRIANDO RELAÇÕES ENTRE AS VÁRIAS CENAS QUE ACONTECEM E AS EXPERIÊNCIAS DAS PER SONAGENS PRINCIPAIS. MAS, PARA DEIXAR CLARO QUE TUDO O QUE NOS APRESENTA ESTÁ INTERLIGADO DE UM MODO QUE VAI MUITO ALÉM DA METÁFORA, O FILME TERMINA COM UM MILAGRE. TRATA-SE DE UM MOMENTO EM QUE O CINEMA DESAFIA A PRÓPRIA MORTE. E SE HÁ EM GRAND TOUR ALGUMA METÁFORA QUE PODEMOS LEVAR PARA A VIDA ENQUANTO ESPECTADORES E CINÉFILOS É A DESSE MOMENTO VERDADEIRAMENTE TRANSCENDENTAL. FICA CLARO AOS NOSSOS OLHOS E OUVIDOS: A POESIA É MAIOR QUE A MORTE, A POESIA É MAIOR QUE A VIDA.
PP.403; EM CADERNO CULTURAL; BROTÉRIA VOL 199-5, NOVEMBRO 2024
120 DIAS DE CINEMA 